Depois da Terra
Resumão:::
Will Smith é Cypher Raige, general das tropas de colonização humana da Nova Prime. 1000 anos depois de estragar com a terra, e deixar nosso planetinha inabitável, os humanos fogem pra um novo lar. O que eles não esperavam, é que o novo planeta já tivesse dono, e cães de guarda bem anti-sociais.
As URSAS, como são chamados os alienígenas sem olhos, são responsáveis por matar os invasores, elas se orientam através do olfato, localizando seus inimigos/almoços pelo cheiro exalado com o medo.
E é aí que entra o general Cypher, o cara, ele não tem medo! É invisível às URSAS, e pode dar cabo delas facilmente, limpando o caminho pras tropas avançarem. Um cara bem sucedido, né? Mas seu relacionamento com o filho, Kitai, é péssimo. O garoto faz de tudo pra impressionar o pai, mas parece que "medo" não é o único sentimento que o general tem deficiência, ele é frio e duro com o aspira das tropas de colonização.
Até que a mãe, Faia, tem a ideia de "convencer" o marido a levar o filho em uma simples missão de transporte interestelar, levando uma URSA capturada pra estudos, é onde a história se revolta e a treta começa. A nave se choca com uma nuvem de asteroides, e (por coincidência do roteiro) cai na terra, se partindo em duas na descida...
Morre todo mundo, menos Cypher e Kitai, que agora têm que se virar pra voltar pra Nova Prime. Machucado o pai tem que confiar ao filho a missão de achar a outra metade da nave e pedir socorro, enfrentando um planeta hostil, violento e a URSA, que (claro) também sobreviveu à queda e tá solta por aí.
O que achei?:::
Eu gostei do filme, apesar das referências bem evidentes à cientologia. É uma boa história, com alguns rápidos pontos de tédio e monotonia, mas com argumento muito interessante. Tá aí um filme pra pai e filho assistirem juntos, aliás, você tem a nítida sensação de que o filme é um ritual de passagem pro Jaden Smith. É tipo o Will batendo nas costas do garoto e dizendo: "Vai lá, Jadem, você consegue fazer isso, filhão..."
A interpretação do Jadem não convence muito, diferente do pai que vai muito bem, mas também ele contracena praticamente o tempo todo com computação gráfica, não deve ser algo fácil, mesmo. O elenco de apoio também é bem ruim, mas como eles somem da tela logo, não compromete.
Conclusão:::
Vale à pena assistir.
Uma das cenas mais legais do filme é quando o pai explica pro filho como é não ter medo. Me lembrou uma ministração na canção "A Tua Palavra" do CD "Quebranto sobre quebranto", que gravei em 2013, na ocasião falei que o medo é como a fé.
- "Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos." - Hebreus 11:1
A fé que satanás quer que você tenha é o medo. Mas o medo, diferentemente da fé, não é real, é apenas nossa imaginação criando situações que não existem ainda, e te iludindo com a certeza de que as coisas vão dar errado e o pior vai acontecer, porém isso não é uma verdade absoluta.
Ter fé é uma necessidade, ter medo é apenas uma escolha.
Em Cristo
André Alves